quinta-feira, 18 de outubro de 2012

As Irmãs Brontë e o Romance Gótico Jane Eyre





     Charlote Brontë foi a autora da obra Jane Eyre. Juntamente com suas irmãs Anne e Emily foram as autoras mais populares da Era Vitoriana, a época em que viveram. Contudo, os nomes impresso em seus livro, como autores, não era delas mesmo. Para o seu romance Jane Eyre, Charlote teria usado o nome de Currer Bell , um pseudonimo masculino, já que o respeito como autor para literatura era dado somente aos homens.


Anne Brontë 1820 - 1849

Charlote Brontë 1816 - 1855
Emily Brontë 1818 - 1848















      As irmãs viviam isoladas em morros ao norte da Inglaterra, em uma área próxima onde a industrialização começava a se expandir. Faleceram tragicamente e ainda muito novas. Anne morreu aos 29 anos, avisada pelo médico um dia antes de falecer que a sua morte estava muito próxima, a gripe foi a doença que enfranqueceu a sua saúde até tirar a vida da autora. Emily, aos 30 anos, teria morrido antes de Anne de turbeculose. E Charlote viveu um pouco mais que suas irmãs, morreu com 38 anos, depois de casada e esperando um filho. Acredita-se hoje que morreu por desidratação e desnutrição, porque andara vomitando abundantemente. As três irmãs se enfraqueciam em saúde a causa das contaminações através de sua casa que é descrita como anti-higiênica pelos estudiosos.

      Os romances escritos por essas irmãs, eram de temas polêmicos e bastante críticos à sociedade daquela época, por isso os livros podem serem considerado um retrato da sociedade vitoriana. Ler suas obras é conhecer sua maneira de pensar, agir e resolver problemas que provavelmente o leitor atual verá que pode ser bastante diferente dessas maneiras dentro de sua sociedade.

      Anne, por exemplo, só escreveu um livro, "Agnes Grey", abordando assuntos como: bigamia, ascenção social e casamento entre grupos sociais diferentes.

      Emily, também, só escreveu uma única obra, "Wuthering Heights, mais por muito tempo considerada a melhor entre as irmãs pelos críticos literários. Charlote escreveu mais romances, sendo o mais notável "Jane Eyre". Este mostra como as crianças sofriam maltratos e humilhações em internatos, além do papel sempre submíssel da mulher na sociedade vitoriana.

      Em Jane Eyre, publicado pela primeira vez em 1847, o narrador é a própria personagem que, muitas vezes durante a leitura, parece ser a voz de Charlote desabafando o que a sociedade espera de uma mulher naquela época. É do gênero romance gótico, o qual suas principais caracteristas é a escuridão, locais distantes, complicações em famílias, grandes casarões, eventos sobrenaturais, quartos secretos e os mistérios para criar uma atmosfera de suspense e terror. Há, também, algumas adaptações para o cinema. Cada filme enfatizando um lado diferente do livro.

      Veja o vídeo abaixo de um dos anúncios do filme de Jane Eyre, em 2011, protagonizado pela atriz Mia Wasikowska, que também protagonizou Alice no fime "Alice no País das Maravilhas" (2010 de Tim Burton). No vídeo, você perceberá o mistério, suspense e obscuridade que envolve os ambientes que a personagem transcorre.


      A narradora e protagonista Jane Eyre, é honesta, inteligente e acredita em Deus. Está sempre em busca de liberdade e felicidade. Desde pequena sofreu injustiças, combateu com a opressão e se impunha com os maus tratos que recebia de sua tia. Sua luta pela igualdade de gêneros e social desafia os preconceitos vitorianos.

      A história envolve, também, aspectos sociais e religiosos, Jane se depara com três modelos diferentes de crenças durante seus percursos entre lugares que passa. O cargo de governanta que Jane exerceu, quando trabalha pelo homem que se apaixona, deixa uma ambiguidade social muito clara, pois os personagens não sabem muitas vezes como tratar-la, pois ela é intelectualmente igual ao seu empregador, mas por outro lado, é pobre e trabalha para ele. No livro, Charlote escreve desses fatos de maneira crítica e apontanto filosoficamente dúvidas acerca da sociedade da era vitoriana.

      Conhecer histórias críticas como das irmãs Brontë é conhecer os aspectos evolutivos de valores que passam todas as culturas. Ainda hoje, há muito conservadorismo contra as críticas das irmãs. Há  sociedades que não há plena igualdade de gênero, e mesmo as que regulam por leis que a sociedade seja por toda igual, há, de qualquer maneira, indivíduos que conservam valores passados. Entender o passado e compreender-lo através de críticas de pessoas que o viveram é, de alguma maneira, entender e compreender o presente e o ambiente onde estamos inseridos.

Imagens:
Charlote Brontë: kelaraparigadoslivros.blogspot.com
Anne Brontë:  britannica.com
Emily Brontë:  socialanxietydisorder.about.com

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